Biofeedback e Eletroestimulação | Nefrokids
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BIOFEEDBACK DE ASSOALHO PÉLVICO (COM ELETROMIOGRAFIA, COM FLUXOMETRIA E MANOMÉTRICO)

O papel da hiperatividade do assoalho pélvico nas disfunções miccionais é bem reconhecido sendo o biofeedback uma terapia de primeira linha nas disfunções. 

HISTÓRICO

Descrito por Kegel em 1949 demonstrando que o reconhecimento e o controle voluntário do assoalho pélvico melhora a incontinência urinária. Inicialmente indicado para mulheres portadoras de incontinência promovendo-se reforço perineal, a técnica foi posteriormente adaptada para crianças ensinando-as, ao contrário, a relaxar o assoalho pélvico e tomarem consciência da possibilidade de controle voluntário. Nas mãos de profissionais habilitados em disfunções em crianças, paciente e familiares colaborativos obtém-se excelentes resultados.

LIMITAÇÕES

Esta terapia está limitada as condições de maturidade e cognitivas, em geral a partir de 4 anos de idade quando a criança já tem condições de colaborar. Falha no método relaciona-se principalmente a baixa motivação, falta de condições cognitivas, limitações sociais, geográficas ou relacionadas ao plano de saúde tornando as sessões muito irregulares, assim como a seleção dos pacientes com diagnóstico mal definido.

 TÉCNICAS

O Biofeedback de assoalho pélvico realizado através da EMG, com eletrodos de superfície e método audiovisual. A criança aprende a contrair o assoalho pélvico no enchimento e relaxar durante a micção promovendo desobstrução do fluxo urinário, melhora do esvaziamento, da continência, da uretra em pião, reduzindo a ocorrência de infecções e facilitando a regressão de eventual refluxo de urina para os rins.

O Biofeedback animado com programações infantis (biogames) tem a vantagem de  manter mais a atenção e adesão, especialmente em crianças pequenas.

A realização do Biofeedback com  fluxometria no final da sessão é importante para treinar a micção. A criança visualiza a curva de micção e a atividade da musculatura perineal simultâneamente, aprendendo como relaxar permitindo acompanhar o resultado da terapia.

O Biofeedback anorretal (manométrico) visualizando a pressão abdominal e atividade perineal, tem se demonstrado eficaz nos casos de constipação por defecação dissinérgica,pois a criança aprende a coordenar a função anorretal.

 

ESTIMULAÇÃO NERVOSA ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA ou NEUROMODULAÇÃO

É um método simples, indolor, isento de efeitos adversos, que consiste em aplicar uma corrente elétrica como forma terapêutica, através de eletrodos de superfície mais comumente colocados na região parassacral ou tibial posterior em crianças.

Atualmente é tratamento de primeira escolha em pacientes portadores de disfunção vesical e intestinal, já que os anticolinérgicos agravam a constipação.

O mecanismo de ação é a modulação das vias neurais aferentes e eferentes, atuando a nível cortical, medular, musculatura vesical e pélvica.

Sabe-se que a eletroestimulação afeta não só as fibras musculares, mas também os reflexos, melhorando a hiperatividade, constipação relacionada a transito lento, incontinência fecal e urinária. Além de ativar o colon descendente, o sigmóide e o reto, inibe o esfincter anal interno com melhora da função vesical e intestinal simultaneamente.

Tem sido demonstrado que a neuromodulação induz modificações químicas aumentando a atividade beta-adrenérgica (relaxando o detrusor), reduzindo a atividade colinérgica e alterando neurotransmissores como serotonina, GABA, óxido nítrico e elevando endorfinas e encefalinas no cérebro.

Outra vantagem teórica do uso da eletroestimulação na infância comparando com adultos é o aumento da neuroplasticidade do sistema nervoso central e periférico influenciando o desfecho a longo prazo na vida adulta.

A configuração do equipamento é realizada pela fisioterapeuta de acordo com o diagnóstico da disfunção.

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